Os limites da moda

Minhas primeiras lembranças com relaçao à moda vêm de quando eu tinha ...alguns poucos anos. Nessa época, costumava brincar com as roupas da minha mãe. Seus armários e gavetas,repletos de trajes fascinantes-como camisolas longas  de seda e rendadas,de cores açucaradas me transportavam para o mundo mágico das princesas e rainhas das historias infantis, ao mesmo tempo em que me investiam de um poder que vinha do mundo dos adultos : o de escolher as próprias roupas e, assim comunicar uma série de valores É claro que eu não tinha consciência de todos esses processos, mas intuitivamente, com a clareza que só as crianças têm, lidava com estas questões.


E hoje, olhando retrospectivamente, considero que estas brincadeiras foram determinantes para formar minha visão de moda. Sempre me rebelei contra o fato de a moda ser considerada,por muitos, como uma matéria fútil.É claro que há futilidade envolvida neste meio, assim como há em muitos outros. Mas desde sempre me pareceu que, por seu aspecto lúdico e sua capacidade de comunicação, a moda não deveria ser encarada com descaso ou leviandade.



Segundo a escritora Biti Averbach, desde o início de sua carreira,procurou ler e entender a subjetividade envolvida no ato de se vestir.


Foram muitos os livros que contribuíram para aprofundar minha visão sobre o assunto: desde aqueles que falam sobre história da moda, quanto outros mais teóricos, que falam sobre os mecanismos de diferenciação social, o poder de sedução do consumo, entre outros.


Biti Averbach, assim como eu, indicamos Xtreme fashion de Courtenay Smith, a razão pela qual indicamos estes,é que ele apresenta, de forma clara, por meio dos trabalhos de estilistas, designers,artistas e inventores, de várias partes do mundo, que é possível entender os limites do que é moda, sua utilidade e sua interação com as pessoas e o meio ambiente.








                                                                                          (por Rhaíssa Quirino)

0 comentários:

Postar um comentário